domingo, 25 de março de 2012

R$ 1 trilhão em investimentos no Nordeste

O Nordeste deve receber em uma década mais de R$ 1 trilhão em investimentos, de acordo com o diretor de Gestão de Desenvolvimento do Banco do Nordeste (BNB), José Sydrião de Alencar. Para entender melhor as mudanças que vêm acontecendo na região e as tendências de desenvolvimento esperadas para os próximos dez anos, e seus prováveis impactos locais, o BNB, em parceria com a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e o BNDES, está realizando um estudo intitulado “Nordeste 2022 – Perspectivas de Desenvolvimento”.
“Com esses dados, poderemos planejar melhor nossas ações e contribuir da melhor forma possível para esse avanço”, diz Alencar. O levantamento teve início ontem, com uma oficina técnica que reuniu empresários, economistas e representantes de diversas instituições ligadas ao desenvolvimento econômico do Nordeste no Marante Hotel, em Boa Viagem, no Recife.
A coordenação do projeto está a cargo da economista e socióloga Tânia Bacelar. “Estamos escolhendo as temáticas que serão estudadas. Vamos avaliar demandas e tendências”, explica. “Devem fazer parte da pesquisa assuntos como logística e educação voltados para o mercado de trabalho, que são extremamente importantes nes­se contexto”. O estudo será concluído em até dois anos após iniciado.
“Na próxima década, Suape será bem diferente do que é hoje, pois as obras estarão prontas, assim como a fábrica da Fiat, em Goiana, a ferrovia Transnordestina e a Transposição do Rio São Francisco”, aponta o diretor de Gestão de Desenvolvimento do BNB. “Haverá também a Ferrovia Leste-Oeste na Bahia, e portos no Ceará, Bahia e Maranhão e mais refinarias. Esses empreendimentos somam investimentos de R$ 230 bilhões. Tudo isso deve gerar um grande impacto, principalmente no entorno dessas obras”.
Impacto esse que, segundo ele, será mapeado. “Vamos ver se existe uma cadeia produtiva nesses arredores e propiciar novos empreendimentos para fornecer insumos. Temos grandes projetos de financiamento para isso”. Para o secretário de Planejamento da Bahia e ex-presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli, é preciso avançar na infraestrutura. “Toda a nossa logística é rodoviária. Há grandes lacunas nos setores aeroviário e ferroviário, por exemplo. Isso precisa ser repensado, redefinido”, afirma.

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