sexta-feira, 2 de março de 2012

Começam obras do projeto “Novo Recife” no Cais José Estelita

CAIS JOSÉ ESTELITA
Demolição de área de 15 mil metros quadrados abrirá espaço para complexo de empresariais, flats e residenciais
Em menos de 30 dias, o Cais José Estelita, na região central do Recife, ganhará uma nova paisagem. Parte dos galpões da Rede Ferroviária Federal (Refesa), que foram arrematados por um consórcio em 2008, vai ser destruída. A demolição acontecerá numa área total de 15 mil metros quadrados e abrirá espaço para a construção de um complexo formado por empresariais, flats e residenciais. Os galpões que serão derrubados ficam próximo ao Viaduto Capital Temudo, na área da Cabanga. O desmonte teve início no mês passado e praticamente todo o telhado de alumínio já foi retirado.
Nos próximos dias, será derrubada a estrutura de madeira que dava suporte às telhas.De acordo com o consórcio formado pelas construtoras Moura Dubeux, Queiroz Galvão e GL, que adquiriu a área para a construção do empreendimento imobiliário, a demolição não exigirá nenhuma técnica especial. “Será feita de forma simples, derrubando as paredes, uma a uma”, explica o diretor da Moura Dubeux, Eduardo Moura. A área total arrematada pelo consórcio possui cerca de 100 mil metros quadrados, mas nem todos os galpões serão demolidos. Os que ficam perto do Viaduto Cinco Pontas permanecerão de pé. Eles serão usados pela Prefeitura do Recife (PCR) para uma destinação pública, que ainda está sendo definida.
O empreendimento, batizado de Novo Recife, prevê a construção de 13 torres e a abertura de ruas, praças e ciclovia. O projeto está sob análise técnica da Prefeitura do Recife e a expectativa dos empreendedores é que seja aprovado nos próximos meses. A proposta poderá sofrer algumas modificações, sugeridas pela PCR. Também será submetida à avaliação de outros órgãos, como as secretarias estadual e municipal de Meio Ambiente e a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano do Recife (CTTU).
Da área adquirida, 65 mil metros quadrados serão transformados em lotes onde serão erguidos os edifícios empresariais e residenciais. Os outros 35 mil metros quadrados serão ocupados por ruas, praças e jardins. A parte verde terá uso público, como determina a legislação.
Nossa proposta é oferecer uma qualidade de vida para quem vai morar no local, mas que essa convivência esteja conectada com toda a cidade, ressalta Eduardo Moura. Um dos pontos que estão em análise, por exemplo, é o traçado da ciclovia que será aberta na área.
Temos o compromisso de construir uma via exclusiva para ciclistas, que poderá ser, inclusive, interligada a outros trechos de ciclovia da cidade. Mas ainda estamos estudando como será essa faixa e que contorno ela terá, afirma o diretor da Moura Dubeux. Dentro das ações mitigadoras, previstas para minimizar o impacto que a obra causará na área, está prevista também a implantação de um complexo viário e de uma praça com uma grande área verde.
Após a aprovação na PCR, a expectativa do consórcio, segundo o diretor da Queiroz Galvão de Desenvolvimento Imobiliário, Múcio Souto, é que o lançamento oficial do empreendimento aconteça no segundo semestre deste ano. Segundo ele, a proposta é que o terreno seja dividido em cinco grandes lotes.
Em cada um deles, serão erguidas torres com empresariais, flats e residenciais com dois, três e quatro quarto, explica Múcio Souto. O metro quadrado vai custar de R$ 5,5 mil a R$ 7,5 mil. A área passou anos abandonada, mas é um pedaço muito nobre da cidade, com uma vista belíssima e excelente localização, destaca o diretor da Queiroz Galvão.
Saiba mais
150 – mil metros quadrados é a área total do Cais José Estelita, incluindo os galpões arrematados pelo consórcio e a parte da Refesa10% – da área destinada ao empreendimento será utilizada para abertura de vias e ruas, que terão uso público20% – do terreno comprado será usado para implantação de uma grande área verde, com jardins planejados

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